Vago nas ruas da vida
de forma espreita
Mirando olhos
em discreta atenção
Recolho despojos
Na vassoura da mente
Mas também levo faces
De brilhos néon
Galerias antigas
Com seus segredos
Guardam criaturas
esquecidas do mundo
Um tipo de lepra
sentada num canto
Aguardam atenção com
um prato sem fundo
um prato sem fundo
Rasgadas no tempo
Da infância recente ao crescer de repente
Não reparam no futuro inexistente
Que com indiferença os vem acudir
Renato l. Armani
Nenhum comentário:
Postar um comentário