quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ANDARILHO



Andas sem caminhar
Converte teus passos em pensamentos
Filosofa às estrelas,sem notar
Caminha milhas e milhas por dentro

Criança pequena, que se Poe a chorar
Choro invisível, invencível,completo lamento
Acha que palavras não iriam adiantar
Na direção, no rumo deste severo vento

Andarilho, me fale em surdina
Sussurre para que ninguém mais possa ouvir
Me diga, porque tua alma grita
A fadiga da vida, a esperança de algo por vir?

O andarilho não disse nada
Porque seus olhos falavam por si
Onde tristezas, magoas se encontram
Das suas pupilas eu pude sentir

Tanta miséria no corpo e na alma
De pessoas por si com certo valor
Passando disto, são montes de ossos
Cada um tem seu tempo, cada um sua dor.

Então notei seu silêncio opaco
Remoendo lembranças e perspectivas por vir
Como um velório sem morto
Onde os pensamentos humanos se velam por si

Quem dera um dia, quando for corajoso
Se, eu tiver humildade e souber discernir,
Voltarei, a sua procura, não só para escutar-lhe
e sim para ser aprendiz                                                                                                                                                                                                       
                                                                           Renato Armani
                                                                         

Um comentário:

  1. Olá Renato, sou uma ex aluna do Professor Carlos, acompanho seu blog e gostaria de parabenizá-lo pelo trabalho. Suas palavras traduzem as belezas e as dores da vida de forma tão verossímel e transparente que me sinto na obrigação de contribuir que outros amantes dos sentimentos e palavras, como nós, conheçam sua obra. Além do elogios quero fazer um pedido, que volte a postar.
    Keron Sanches

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